Domingos rezava e adquiria a plenitude de conhecimento da sagrada escritura, penetrando no cerne mesmo das palavras divinas. Aprendia as santas audácias da sua ardente pregação e vivia na íntima familiaridade do Espírito Santo, de onde lhe vinha o conhecimento das coisas ocultas.
Maneira 1 – Inclinação Profunda
Muitas vezes, segundo alguns religiosos que o viram, colocava-se diante de um altar, inclinando não só a cabeça mas meio corpo, com tanto respeito como se estivesse na presença do Senhor, que o altar representava na sua alma. Entendendo ainda desta humilhação corporal o que diz Salomão: “a oração do que se humilha penetra os céus”, e trazendo à memória a humildade do Filho de Deus, por nós crucificado.
Maneira II – A Vênia
Outras vezes deitava todo o corpo por terra, rebaixando-se e depreciando-se, como se não fosse digno de estar de pé. Imitando o exemplo dos santos Reis que assim prostrados adoraram o Menino Jesus. E lembrando-se que o próprio Senhor, perto da sua paixão, com a face por terra, rezou ao Pai no horto. E então, dizia as palavras daquele humilde publicano, que não ousava levantar os olhos ao alto: “Deus, tem misericórdia de mim, pecador”, e o que o profeta David escreve: “A minha alma está prostrada no pó da terra, e o meu coração e as minhas entranhas coladas à terra”.
Maneira III – A disciplina
Outras vezes fazia oração em pé, levantado e direito, em especial quando se disciplinava. E então dizia: “A vossa disciplina, Senhor, me castigou, e a vossa disciplina me ensinará”.
Maneira IV – A genuflexão
Outras vezes, rezava de joelhos e dizia as palavras do leproso que, nessa posição, pediu a cura ao nosso Redentor: “Senhor, se quiserdes podeis curar-me”. E as que disse Santo Estêvão, quando, enquanto lhe atiravam pedras se colocou de joelhos e disse: “Senhor, recebe o meu espírito”. E, depois disto, clamava tão alto, que os frades ouviam. E dizia fortemente o mesmo que David: “A ti, Senhor eu clamo, não te cales nem deixes de me responder”. E dito isto, descansava assim, de joelhos. E já não se ouvia a sua voz, mas dentro do seu coração falava para si, movendo os lábios, como a mãe de Samuel. E algumas vezes, levantava os olhos e o rosto, como se quisesse subir ao céu, e subitamente se alegrava e limpava as suas lágrimas que lhe corriam dos olhos. Outras vezes levantava-se e voltava a ajoelhar-se, e isto repetia muitas vezes.
Maneira V – Em pé, em contemplação
O Outras vezes estava em pé e direito, diante do altar, sem se encostar a alguma coisa. E tinha as suas mãos abertas, diante do peito, somo se estivesse lendo algum livro com grande atenção e reverência, e parecia que dentro de si meditava as palavras de Deus e que entendia os mistérios da divina escritura. E algumas vezes tinha os ouvidos atentos, como para ouvir e entender o que lhe diziam, punha as mãos sobre os seus olhos e apertava-os fortemente. Outras vezes levantava as mãos até aos ombros, abertas como as coloca o sacerdote quando diz Missa.
Maneira VI - De braços abertos
Outras vezes rezava em pé, de braços estendidos em forma de cruz, e algumas vezes via-se o seu corpo levantado da terra. E chorava fortemente, lembrando-se de quando o nosso Redentor esteve levantado na cruz, preso por três cravos, pedindo ao Pai por nós, com muitas lágrimas, como diz o Apóstolo. E dizia com David: “A ti, Senhor, eu clamo, durante o dia estendo a ti a minhas mãos”.
Maneira VII – Mãos levantadas par ao céu
Outras vezes rezava em pé, com os braços estendidos ao alto e as mãos juntas acima da cabeça, como se fossem uma seta, e algumas vezes as abria como se estivesse a receber alguma coisa que lhe enviavam do alto. E dizia como o salmista: “Ouve o grito das minhas súplicas quando te invoco, quando ergo as minhas mãos para o teu santuário”. E então, segundo parecia aos frades, pedia e alcançava de Deus os favores e mercês para a sua Ordem. Mas não demorava muito neste modo de orar, que frequentemente se arrebatava e saía fora de si, mas logo voltava a si como se voltasse de novo ao mundo, ou como quem vinha de um longo caminho.
Maneira VIII – A meditação
Outras vezes rezava desta maneira. Acabando de ler ou ouvir alguma santa lição, afastava-se para um lugar secreto e meditava no que tinha lido e escutado. E viam-no como se estivesse pregando e disputando com algum companheiro. Umas vezes como se estivesse irado consigo mesmo, outras, risonho e contente, outras, choroso; outras vezes, quieto e descansado, e então ouviam-no dizer o que o profeta dizia: “prestarei atenção ao que me diz o Senhor Deus”.
E era seu costume, antes da oração, ler alguma coisa santa e, acabando de ler, fechava o livro e prestava-lhe reverência, inclinando-se diante dele e beijava-o, sobretudo se eram os Evangelhos. E algumas vezes, acabando de ler, colocava a sua fronte sobre as suas mãos e cobria a cabeça com o escapulário.
Maneira IX – Em viagem
Outras vezes rezava caminhando e dizia para si ou ao companheiro o que escreve o profeta Oseias: “vou levá-la a um lugar deserto e falar-lhe ao coração”. E quando ficava sozinho adiantando-se ou ficando para trás, fazia muitas vezes sobre si o sinal da cruz, e mexia muitas vezes a mão, levantada diante do seu rosto, como quem sacode de si mosquitos ou quem enxota moscas.
A oração de São Domingos era, sobretudo, uma súplica. Intercedia pelos seus irmãos, pela igreja, pelos pagãos, os transviados de todo o tipo. Sua compaixão era tão grande que derramava abundantes lágrimas: “Senhor, repetia ele, tenha piedade de teu povo.”
Nos passos de São Domingos hoje
Domingos de Gusmão nasceu em Caleruega, na Espanha, em 24 de junho de 1170, e faleceu em Bolonha, na Itália, no dia 6 de agosto de 1221. Filho de Joana d’Aza e Félix de Gusmão. A característica fundamental do testemunho de Domingos: ele falava sempre com Deus e de Deus. Na vida dos santos, o amor pelo Senhor e pelo próximo, a busca da glória de Deus e da salvação das almas caminham sempre juntos (Papa Bento XVI - Audiência Geral – 03/02/2010).
Para hoje Domingos de Gusmão é testemunho de seguimento de Cristo à sua maneira de falar de Deus e com Deus, cuja espiritualidade, valores vividos e ensinados continuam sendo preciosos para nossa vida e para nossa sociedade.
A vida Dominicana:
A pregação e a Espiritualidade
Manter seu diálogo de amor com Deus.
O papel de fé, da humildade povo que aprendeu a rezar e da confiança na força de Deus
Chora os pecados e se penitencia fisicamente com ato amoroso, que faz parte da oração penitencial;
Fazer ouvir no seguimento a Palavra de Deus - reservar um tempo para oração.
Olhar o crucifixo - preencher de contrição... Reconhece confiante a misericórdia divina.
As palavras demonstram em preces o sentido de sua prece.
Praticar a oração de intercessão e súplica pelos outros.
Implora a Deus pelo povo e oferece ao povo o que recebe de DEUS.
A oração perseverante e prolongada.
Observância das práticas - a alegria na meditação e no encontro da contemplação!
Oração e contemplação para penetrar os segredos das Sagradas Escrituras e, ainda, param se encontrar com Deus e se vida plenamente. Preparar para o ministério da pregação.
Experiência de vida evangélica de Jesus e dos primeiros cristãos.
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